COMO SURGIU A MENSAGEM DE EMERGÊNCIA NA AVIAÇÃO

Frederick Stanley Mockford foi um oficial de rádio em Londres que desempenhou um papel fundamental na comunicação de emergências em aeronaves. Durante a década de 1920, ele foi encarregado de encontrar uma palavra-código adequada para ser usada por pilotos em situações de emergência.

– Contexto da Escolha da Palavra

Naquele período, os navios utilizavam telégrafos que transmitiam mensagens em código Morse. Nesses casos, o código “SOS” (três pontos, três traços, três pontos) era claroconfundível. No entanto, os pilotos de aeronaves se comunicavam via rádio e, nesse meio, “SOS” podia ser facilmente confundido com outras letras devido à natureza das transmissões de voz, especialmente em situações ruidosas ou de má qualidade de som.

– A Criação do “Mayday”

Mockford buscou uma palavra que fosse curta, clara e facilmente compreensível internacionalmente. Dada a proximidade e o tráfego aéreo frequente entre a Inglaterra e a França, ele se inspirou na expressão francesa “m’aider,” que significa “ajude-me”. A palavra completa “venez m’aider” (“venha me ajudar”) foi simplificada para “mayday,” que soava semelhante à pronúncia francesa e era fácil de ser reconhecida por falantes de diferentes idiomas.

Em emergências, a prática se tornou repetir “mayday” três vezes – “mayday, mayday, mayday” – para garantir que o pedido de socorro fosse claramente recebido e distinguido de outras comunicações.

– Legado

A escolha de “mayday” provou ser eficaz, tornando-se o padrão internacional para chamadas de socorro em rádio, especialmente na aviação e na navegação. Mesmo hoje, a palavra “mayday” é usada em situações de emergência em diversos contextos, um testemunho do impacto da inovação de Mockford.