O treinamento dos legionários romanos fazia parte do rigoroso sistema militar que sustentou o poder de Roma por séculos.

As fontes históricas, como os escritos de Vegecio (De Re Militari), destacam que a disciplina era o fator-chave para o sucesso das legiões.

Além dos 4 meses iniciais, os legionários continuavam treinando ao longo de suas carreiras, garantindo um exército sempre preparado. O uso de armas mais pesadas durante os exercícios imitava o treinamento dos gladiadores, aumentando a resistência dos soldados.

A marcha constante e o aprendizado de engenharia militar permitiam que as legiões se deslocassem rapidamente e construíssem fortificações em qualquer território.

A eficácia desse sistema pode ser vista em batalhas como Canas (216 a.C.), onde a disciplina legionária quase superou a superioridade numérica dos cartagineses, e na conquista da Gália por Júlio César, onde a organização e treinamento romano prevaleceram contra tribos guerreiras experientes.

A profissionalização do exército, especialmente a partir das reformas de Caio Mário (final do século II a.C.), tornou a legião romana uma das forças militares mais temidas da Antiguidade, permitindo a expansão e manutenção do Império por séculos.