COMO O CAVIAR VIROU COMIDA DE RICO
No antigo Império Russo, quando um camponês pobre não tinha dinheiro para comprar nem mesmo um pedaço de esturjão, só lhe restava comprar as ovas indesejáveis daquele peixe, hoje conhecidas como caviar.
Os nobres também compravam caviar naquela época — para reforçar a ração do gado.
Após a derrota de Napoleão, quando a França ficou mais aberta aos vizinhos, os russos invadiram Paris durante a revolução e foi assim, conquistando o gosto da nação mais “chique e moderna”, que o caviar ganhou o status de elite.
Mas existem vários tipos de caviar. Vejamos quais:
- Beluga: é o tipo de caviar mais tradicional e mais caro, extraído dos esturjões do mar Cáspio.
- Alverta: também conhecido como American Caviar, é produzido em fazendas marinhas de esturjões brancos no norte da Califórnia.
- Amur: é uma denominação de origem para caviares produzidos com os peixes kaluga, osetra e shasetra, todos encontrados no rio Amur, que cruza toda a região norte da China.
- Asetra: denominação para os caviares de origem iraniana, também entre os melhores do mundo (mais conhecido como “ossetra”).
- Butarga: herança dos fenícios, que a espalharam por todo o Mediterrâneo essa massa feita com ovas de tainha. Já é produzida aos montes no Brasil, com tainhas de Santa Catarina.
- Avgotaracho: versão grega da butarga, além da tainha, utiliza as espécies cavala e salmonete.
- Baerii: também recebe o nome de Caviar d’Aquitaine, o caviar francês, produzido nas bacias de Bordeaux.
- Caviar de mosco (ahuatle): não vem de peixes, mas de ovos de mosquitos depositados na superfície líquida de certos charcos. São degustados como caviar por terem forma e aparência similares.
- Caviar des Pauvres: em francês significa “caviar dos pobres”, por ter custo muito baixo. É uma pasta de berinjelas com sementes que lembram um caviar ao creme, clássica entrada provençal.
- Harako: nome que os japoneses dão às ovas de peixes. Entre os mais utilizados estão as ovas de salmão, arenque, salmonete, peixe-voador e bacalhau.