COMO FAZER URÉIA VERDE NOS DIAS DE HOJE

Bem, já sabemos que usar o Hidrogênio Verde para gerar energia é um absurdo. Então para que serve o ‘simbolo do mundo verde’?

Bem, já disse que o principal produto do hidrogênio hoje é a aplicação como fertilizante. Os fertilizantes são, de modo geral misturas de três elementos
químicos, o chamado NPK.

O P é de fosforo. É encontrado em minerais, e um processo para a produção de tipo de fertilizante fosfatado, inclui o tratamento com ácido sulfúrico. Bem hoje parte do enxofre e retirado do petróleo, mas há também minas de enxofre e ácido sulfúrico da produção de cobre metálico.

O K é de potássio, retirado de minas como cloreto de potássio. O Brasil tem minas, poucas, mas não precisa de petróleo.

O primeiro da sigla NPK é justamente o Nitrogênio. Pode ser encontrado na natureza, o salitre e o guano são nitrogenados oriundo da mineralização de cocô de pássaros. Importamos nitratos do Chile. Mas esse tipo é muito pouco. A quase totalidade dos fertilizantes NPK usam amônia, obtida hoje em dia de gás natural, mas pode também ser feita de carvão ou outros derivados do petróleo. A amônia é usada na forma de úreia na maior parte ou nitrato de amônia, em menor parte. Pois bem, a úreia é produzida pela reação da amônia com o CO2.

Bem, sem petróleo não há CO2? Há sim, e pesquisas para retirar o CO2 do ar e do mar, sim a água do mar absorve CO2, estão em andamento. Mas estão no início e serão caras. CO2 não tão caro? Existe sim e vou dar 2 opções. Cimento e papel.

O cimento é produzido a partir do calcáreo, um mineral rico em carbonato de cálcio. O calcário, barro, é misturado com argila, areia, pulverizado e decomposto à óxido de cálcio, que junto com óxido de silício e óxido de ferro, da argila forma o cimento. esse processo precisa de alta temperaturas, mas no lugar de gás natural, podemos usar eletricidade renovável. Neste processo sobra CO2, que pode ser recuperado, a baixo custo, e reagindo com amõnia de Hidrogênio Verde, formar a ‘Uréia Verde’. Cimento nós temos a vontade, em todo o mundo, e assim ainda livramos o ar do CO2 derivado da produção de cimento, que não vai parar.

Já o papel é feito da celulose produzida por árvores. As madeiras possuem dois tipos de polisacarídeos, a lignina e a celulose. Para produzir a celulose precisa de calor. Mas o calor necessário é produzido na fábrica de celulose pela queima de galhos das árvores e pela queima da lignina. Assim é gerada a energia para produzir a celulose e, do papel, seu derivado.

A queima da lignina gera CO2, que pode ser absorvido e, depois reagido com amônia verde, gerando ‘Uréia Verde’. Simples assim, o mundo vai consumir cimento e papel, e eles ajudam a fazer fertilizantes usando ‘Hidrogênio Verde’.

A junção dessas tecnologias produziria fertilizante verde, sem petróleo, e ainda evitaria que o CO2 gerados na produção de cimento e papel, teira assim crédito duplo da carbono. Sim, evitar lançamento de CO2 na atmosfera já gera créditos vendáveis no mercado.