COMO A RÚSSIA CONQUISTOU A SIBÉRIA

A conquista da Sibéria pelos russos começou de fato em 1582, quando Yermak Timofeyevich, um líder cossaco, se lançou em uma campanha militar que foi crucial para o avanço da Rússia sobre o Canato de Sibir. Esse canato era um estado islâmico governado pelos descendentes dos mongóis e frequentemente fazia incursões militares nos territórios russos. Patrocinado por comerciantes e aristocratas russos, Yermak liderou um grupo variado de soldados, cossacos e aventureiros para atravessar os Urais e desafiar o poder mongol na região.

A vitória de Yermak foi facilitada por avanços tecnológicos russos, especialmente o uso de armas de fogo, que não eram comuns entre os soldados do Canato de Sibir. Isso permitiu que os russos, mesmo em menor número, conseguissem superar os exércitos adversários em conflitos intensos e difíceis. Ainda assim, essa vitória inicial estava longe de consolidar o domínio sobre a imensa e desconhecida região da Sibéria, e os cossacos enfrentariam uma longa série de batalhas contra diversas tribos e nações indígenas.

Ivan, o Terrível, o czar russo da época, teve um papel importante na expansão e russificação dos territórios conquistados, especialmente com seu apoio inicial à missão de Yermak e seu interesse em estender o poder da Rússia além dos Urais. Posteriormente, outros soberanos russos também promoveriam a ocupação, estabelecendo assentamentos e fortificações que consolidaram a presença russa e evitaram que o território fosse anexado por outros poderes regionais, como a China ou o Império Otomano.

Ao longo de aproximadamente um século após a invasão de Yermak, a Rússia foi absorvendo gradativamente a Sibéria, promovendo uma europeização forçada e controlando as ameaças internas e externas. Assim, a imensa região acabou por se tornar parte integrante do território russo, levando a expansão da cultura e da influência russa sobre uma vasta e rica extensão geográfica que ainda hoje faz parte da Rússia moderna.