COMO A CÓRSEGA VIROU FRANCESA
A Córsega, sob domínio genovês no século XVIII, tornou-se palco de crescentes devido à incapacidade de Gênova de integrar a ilha como parte plena de seu território. Os corsos, tratados como súditos e não como cidadãos, resistiram ao controle genovês, e a revolta tornou-se um traço constante da sociedade corsa. Essa insatisfação culminou na liderança de Pasquale Paoli , que, em 1775 proclamou a independência da ilha.
Com a revolta crescendo em recursos, Gênova pediu auxílio à França para controlar a revolta.
A França aquiesceu em enviar tropas para a Córsega. As tropas francesas, enviaram soldados em 1764 para substituir os genoveses nas fortalezas já controladas por eles. Depois arrastaram-nos para fora, sem atacar Paoli. Depois de quatro anos apresentaram a conta: 2 milhões de liras genovesas, cerca de 100 mil Euros de hoje.
Como Gênova não tinha esse dinheiro, a França propôs ficar com a posse da Córsega em troca da dívida. E transformaram os Corsos em cidadãos franceses e combateram Paoli até sua derrota.
A intervenção francesa ilustra uma manobra política e militar astuta. Sob o pretexto de ajudar Génova, os franceses enviaram tropas em 1764 para ocupar as fortalezas ainda sob controle genovês, mas evitaram confrontar diretamente Paoli e os independentistas. A França realizou o controle dessas áreas e, após quatro anos, enviou uma cobrança exorbitante a Gênova pelos custos da operação. A soma era desproporcional às finanças de Génova, cujo rendimento anual de portos não atingia esse montante, evidenciando o aproveitamento francês da situação para ampliar sua influência na região.