O experimento de David Rosenhan, conhecido como “On Being Sane in Insane Places” (Sobre Ser São em Lugares Insanos), publicado em 1973, é um estudo clássico na psicologia que questiona a validade dos diagnósticos psiquiátricos. Rosenhan e seus colaboradores fingiram ter alucinações auditivas para investigar se os hospitais psiquiátricos poderiam distinguir corretamente entre a saúde mental e a doença mental.

Os pseudopacientes foram admitidos em vários hospitais psiquiátricos nos Estados Unidos, e todos receberam diagnósticos de distúrbios psiquiátricos, apesar de não apresentarem nenhum transtorno mental real. Durante sua internação, eles agiram normalmente e relataram que suas alucinações haviam cessado. Apesar disso, a maioria deles foi retida por um período significativo e foi liberada apenas com a condição de aceitar um diagnóstico de doença mental crônica.

Um dos aspectos mais surpreendentes do estudo foi a fase em que uma das instituições desafiou Rosenhan a enviar mais pseudopacientes, alegando que poderiam detectá-los. Rosenhan concordou, e o hospital posteriormente identificou 41 dos 193 novos pacientes como pseudopacientes. No entanto, Rosenhan não havia enviado nenhum, demonstrando a tendência do hospital para diagnosticar falsamente a doença mental.

Este experimento teve um impacto profundo na psiquiatria, desencadeando debates sobre a validade dos diagnósticos psiquiátricos e a natureza do tratamento em instituições mentais, além de impulsionar reformas no tratamento e diagnóstico em saúde mental.