AS MEDIÇÕES
As pessoas muitas vezes pensam que os fatos matemáticos mais surpreendentes surgem por serem intrinsecamente complexos.
O maior matemático de todos os tempos discordaria.
Todos nós conhecemos os algarismos significativos. Sabemos que os nossos cálculos finais não podem ser muito precisos se as nossas medições não forem precisas.
Sabemos que isso é um fato. Mas por que isso acontece?
Por que as medições não podem ser “precisas”? Por que não criar algo que os torne “perfeitos”?
A resposta veio de um menino, no final da década de 1780. Um menino alemão pobre, que ia a pé para a escola todas as manhãs e voltava da escola para casa.
Um dia ele começou a contar seus passos até a escola. Seguindo um caminho que ele achava correto.
Cada vez, a contagem de passos era um pouco diferente.
Essa curiosidade o fascinou muito e ele começou a se interessar pela própria filosofia da medição.
Todos nós já vimos isso!
A partir desse pequeno pensamento, ele desenvolveu posteriormente o que hoje conhecemos como distribuição normal. Também chamamos isso de distribuição “Gaussiana”.
Carl Friedrich Gauss descobriu algo errado com a observação. Ele sabia que toda vez que você pegava uma régua para medir algo, você tinha inerentemente um “movimento” que não lhe permitia ser preciso no número medido.
Em outras palavras, nunca seria totalmente preciso.
A partir dessa pequena contagem de várias amostras do número de passos, uma criança lançou as bases para o erro de observação. E anos depois, ele se tornou o progenitor da análise de erros, entre muitas outras coisas que descobriu na matemática.
Então, da próxima vez que você olhar para algo, independentemente da métrica ou qualquer outra coisa, você pode ter certeza de uma coisa.
Nunca será “exato” o suficiente. Sempre há um pouco de “imprecisão” na observação, não importa o que aconteça.