AQUECIMENTO GLOBAL ENVENA O ARROZ

O arroz é um alimento básico para mais da metade da população mundial. É consumido diariamente por mais pessoas do que o trigo ou o milho.

Portanto, é com certa preocupação que os cientistas revelaram uma descoberta recente: à medida que as emissões de carbono aumentam, e a Terra continua a esquentar, o mesmo acontece com os níveis de arsênio no arroz.

A presença de arsênio no arroz é conhecida há muito tempo como um problema.

Quase todo arroz contém arsênio. Esta substância química nociva, de ocorrência natural, pode se acumular no solo dos arrozais, contaminando os grãos de arroz cultivados. Mas as quantidades encontradas nos grãos de arroz podem variar consideravelmente, desde valores bem abaixo dos limites recomendados pelos órgãos reguladores até valores muito superiores.

No Brasil, a concentração de arsênio no arroz não costuma ser um problema.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) explica que, como o arsênio é encontrado na crosta terrestre, pode estar presente na água e em alimentos. Por isso, há limite máximo tolerado estabelecido, que é a concentração máxima do contaminante legalmente aceita no alimento.

A concentração de arsênio permitida no Brasil é de 0,20 mg/kg para arroz branco e 0,35 para arroz integral.