Tempo atrás quando se falava de celular um nome era lembrado. Nokia, gigante finlandesa e lider mundial no mercado de aparelhos celulares. Hoje em dia o nome Nokia só é lembrado por pessoas com mais de 30 anos…

O conservadorismo custa caro. E não é só no caso de celulares. O progresso é sempre vencedor, se por alguma razão o conservadorismo vencesse alguma coisa, as mulheres não votariam ainda hoje. Sim foi o progresso que impulsionou as mulheres a exigir seu direito a votar. Bem, voltemos à Nokia.

A história da Nokia no mercado de celulares é um exemplo clássico de como a falta de adaptação pode levar ao colapso, mesmo para empresas que foram líderes em seus setores. Aqui está uma análise do que aconteceu:

1. Ascensão da Nokia

Nos anos 1990 e início dos anos 2000, a Nokia dominava o mercado de celulares. A empresa finlandesa era reconhecida por seus aparelhos robustos, confiáveis ​​e com design inovador. Seu sistema operacional Symbian foi amplamente aceito na época em que os smartphones, como os atuais, ainda não eram populares. A Nokia apostava em sua capacidade de criar hardware de qualidade e, por muitos anos, era o padrão da indústria.

2. Resistência à mudança

A principal razão para o declínio da Nokia foi sua relutância em considerar e adotar as mudanças tecnológicas que estavam planejando, especialmente a transição de celulares para smartphones com telas sensíveis ao toque e sistemas operacionais mais modernos.

A Apple lançou o primeiro iPhone em 2007, um dispositivo que revolucionou o conceito de smartphone. Ele rodava um sistema operacional moderno, com uma interface de toque intuitiva e uma loja de aplicativos robusta (a App Store). A Samsung seguiu a tendência com seus dispositivos baseados no sistema operacional Android , que rapidamente ganhou popularidade por sua flexibilidade e por ser uma plataforma aberta.

A Nokia, por outro lado, optou por manter o Symbian como seu principal sistema operacional. O Symbian era um sistema complexo, que não foi projetado para os requisitos dos smartphones modernos. Apesar de várias atualizações, o sistema não conseguiu competir com a fluidez, o design e a facilidade de uso oferecida pelo iOS e pelo Android.

3. Recusa a adotar o Android

Outro grande erro estratégico foi a decisão da Nokia de não adotar o Android, sistema aberto criado pela Google para ‘smart phones’. Muitos fabricantes de celulares perceberam que o Android era uma plataforma ideal para competir com o iPhone, pois permitia inovações e um ecossistema amplo para desenvolvedores criando aplicativos.

No entanto, a Nokia acreditou que poderia manter o seu próprio ecossistema com o Symbian e, mais tarde, com o MeeGo , um sistema que nunca se consolidou. A insistência em manter seu próprio sistema operacional acabou isolando a Nokia, enquanto fabricantes como Samsung, HTC e LG se beneficiaram ao adotar o Android.

4. A aliança com a Microsoft e o Windows Phone

Quando finalmente descobriu que o Symbian não era mais viável, a Nokia tentou uma última estratégia estratégica, unindo forças com a Microsoft em 2011. A Nokia desenvolveu o sistema operacional Windows Phone , uma plataforma que tinha uma interface inovadora, mas que já estava muito atrás na corrida contra o Android e o iOS.

Essa parceria acabou não teve o efeito esperado. O Windows Phone nunca alcançou popularidade suficiente entre consumidores e desenvolvedores, e a Nokia perdeu ainda mais espaço no mercado. Em 2014, a Microsoft comprou a divisão de celulares da Nokia , mas mesmo assim não conseguiu reverter o declínio.

5. O Legado e o Declínio Final

No final das contas, a teimosia da Nokia em não se adaptar rapidamente ao novo mundo dos smartphones foi fatal. Ao evitar mudanças para minimizar riscos e erros, a Nokia acabou ficando obsoleta. Sua relutância em abandonar o Symbian e sua escolha tardia e arriscada pelo Windows Phone provaram ser decisões estratégicas equivocadas.

Hoje, a Nokia ainda existe, mas seu nome no mercado de smartphones está praticamente distante. A marca foi ressuscitada pela empresa HMD Global , que produz smartphones Android com a marca Nokia, mas sem a relevância ou liderança que teve no passado.