ANTES DO DIA ‘D’, O DIA DA INVASÃO DA NORMANDIA, INGLESES INVADIRAM A FRANÇA
A história do Sargento Peter King e do Soldado Leslie Cuthbertson é um dos episódios mais curiosos e cômicos da Segunda Guerra Mundial, mostrando o lado humano e até mesmo o humor inusitado que pode surgir em meio ao caos da guerra.
– Contexto e Ação
Ação improvável: Cansados da rotina monótona do Dental Corps, a unidade de dentistas e assistentes dentários do exército britânico, King e Cuthbertson decidiram tomar uma atitude drástica e “invadir” a França por conta própria em abril de 1942. Sem qualquer autorização ou plano oficial, os dois se lançaram em uma missão completamente improvisada.
A carta a Churchill: Antes de partir, os dois soldados enviaram uma carta ao Primeiro-Ministro Winston Churchill, na qual afirmavam que não estavam desertando, mas apenas realizando uma invasão por conta própria. O gesto, embora imprudente, revelou a audácia e a coragem dos dois soldados.
– Consequências na França
Ação na França: Incrivelmente, os dois conseguiram algum sucesso em sua missão. Conseguiram cortar diversas linhas telegráficas e até mesmo explodir trilhos de trem, prejudicando temporariamente a logística alemã. No entanto, foram eventualmente descobertos pelas forças alemãs e tiveram que bater em retirada para salvar suas vidas.
– Retorno à Inglaterra e Corte Marcial
Corte Marcial: Ao retornarem à Inglaterra, King e Cuthbertson foram presos e acusados de deserção, um crime sério que poderia resultar em duras penalidades, inclusive a pena de morte em tempos de guerra.
– Intervenção de Churchill: Quando Churchill leu a carta que os dois haviam enviado, ele teria achado a situação hilária. Reconhecendo o espírito ousado, embora imprudente, da ação, ele ordenou que as acusações fossem reduzidas para “saída sem licença” e “posse ilegal de revólveres militares”. A punição, portanto, foi mais branda: King perdeu um posto, enquanto Cuthbertson foi condenado a 28 dias de prisão.
Esse incidente, além de ser uma anedota curiosa da guerra, destaca o espírito indomável de alguns soldados, que, mesmo em meio ao conflito, conseguiam encontrar maneiras inusitadas de expressar sua bravura e insatisfação. Churchill, conhecido por seu senso de humor. Houve uma vez que quando uma ‘lady’ inglesa dise-lhe: Se você fosse meu marido eu poria veneno no teu chá! Churchil respondeu que não, se ele fosse casado com ela, ele tomaria veneno antes! Assim ele soube valorizar a intenção dos soldados, mesmo que suas ações não fossem as mais apropriadas.