A França é a “Terra do Turismo”, onde boa parte de sua renda nacional é obtida por essa atividade. Não se limita só a Paris, a cidade mais visitada do mundo, mas também estações alpinas como Chamonix, ao pé do “Mont Bianchi”, a Riviera francesa com sua “Coté d’Azur’ e os vinhedos e castelos do ‘Vale do Loire’.

Mas há uma região na França que é chamada “Zone Rouge” (zona vermelha em português), na qual são proibidas visitas há mais de um século. Fica perto de Paris, na direção nordeste, antes da fronteira com a Bélgica.

É a região onde se travou a Batalha de Verdun, em 1916, foi a mais longa da Primeira Guerra Mundial. Mais de 300 mil soldados franceses e alemães morreram nela ao longo de dez meses. No total, mais de 2 milhões de soldados de ambos os lados passaram pela lama, trincheiras e arame farpado do que ficou conhecido como “moedor de carne de Verdun” – uma das mais sangrentas batalhas da história da humanidade, que causou 300 mil mortes.

Além das bombas não explodidas e largadas lá prontas para explodir, há o solo da área ainda contaminado. Pesquisadores descobriram uma porcentagem muito alta de arsênico (17%). O dano foi causado pelos milhões de projéteis cheios de arsênico disparados durante a Batalha.

Além disso, há ainda resíduos dos gases venenosos usados por ambos os lados na Batalha de Verdun, e além do arsênico há também territórios contaminados com chumbo, zinco e mercúrio. 

As autoridades calculam que levará de 300 a 700 anos para que a área seja limpa e se torne habitável novamente. A limpeza da área se dará naturalmente. Nas áreas mais poluídas por arsênio só restam 1% da cobertura vegetal natural.

São cerca de 170 quilômetros quadrados de área não contígua, onde não é possível a estadia de humanos, somente a passagem breve por estradas e a visita a um mirante sobre o campo de batalha.