A PRIMEIRA ARMA BIOLÓGICA NUMA GUERRA
A criatividade e engenhosidade militar de Aníbal Barca, um dos maiores estrategistas da Antiguidade é bem conhecida. Após travar batalhas históricas contra Roma, como a famosa Batalha de Canas, Aníbal terminou sua vida como general mercenário a serviço do rei Prúsias I da Bitínia, que enfrentou o rei Eumenes II de Pérgamo, um reino rival. Mesmo com uma frota inferior em número e capacidade, Aníbal conseguiu transformar uma batalha naval aparentemente impossível em uma vitória surpreendente usando um recurso inusitado: cobras para vencer a batalha!
Aníbal teve a ideia de capturar cobras venenosas e armazená-las em vasos de barro, que depois seriam lançadas como armas biológicas improvisadas em navios inimigos. Durante a batalha, ele buscou o navio do comandante rival e ordenou que seus soldados lançassem os potes de serpentes venenosas contra os barcos inimigos.
Após essa vitória incomum, Aníbal consolidou sua confiança como um mestre da tática militar e da guerra psicológica, mesmo na velhice e longe de seu auge em Cartago. O uso das cobras venenosas não só garantiu a vitória de Prúsias I da Bitínia, mas também ficou marcado na história como um exemplo da engenhosidade e da disposição de Aníbal para adotar métodos pouco convencionais e surpreendentes. Sua habilidade de transformar situações aparentemente desfavoráveis em vantagens táticas únicas é uma das razões pelas quais ele é lembrado como um dos maiores estrategistas da Antiguidade
Mesmo assim, Aníbal não encontrou paz no exílio. Com o tempo, Roma continuou a persegui-lo, temendo que ele pudesse liderar novas forças contra eles. Eventualmente, os romanos pressionaram Prúsias a entregarem Aníbal. Ao ver que não tinha saída e que seria traído, Aníbal optou por se envenenar, uma decisão que simbolizou tanto seu orgulho quanto sua determinação de não cair nas mãos de seus inimigos. Segundo relatos, suas últimas palavras refletiram sua relutância em dar a Roma o prazer de captura-lo.