A ‘PONTE DAS QUEDAS’ EM VENEZA

Veneza foi fundada no século V, por refugiados que fugiram das invasões bárbaras no Império Romano. Esses refugiados se estabeleceram nas ilhas da lagoa de Veneza, criando uma rede de assentamentos que eventualmente se unificaram na cidade de Veneza. A cidade foi construída sobre uma série de ilhas interligadas por canais, e sua localização estratégica permitiu que se tornasse um importante centro de comércio e poder durante a Idade Média e o Renascimento.

Veneza é também conhecida por sua arquitetura única, que combina elementos góticos, bizantinos e renascentistas. A Basílica de São Marcos e o Palácio Ducal são exemplos emblemáticos dessa mistura de estilos.Canais: A cidade é composta por cerca de 118 ilhas, conectadas por mais de 400 pontes e divididas por 177 canais. O transporte é feito principalmente por gôndolas e barcos. Na área cultural Veneza possui uma rica herança, abrigando numerosos museus, galerias de arte e eventos culturais, como o famoso Carnaval de Veneza.

O turismo é a principal fonte de rendimento de Veneza. A cidade atrai milhões de turistas todos os anos, que vêm para admirar sua arquitetura, navegar pelos canais e participar de eventos culturais. O turismo gera receitas significativas através de hospedagem, restaurantes, comércio e atividades culturais.

O Grande Canal é a principal via aquática de Veneza, com cerca de 3.8 km de extensão. Ele tem uma forma de “S” invertido e atravessa o coração da cidade, passando por importantes edifícios históricos e pontes. O canal é essencial para o transporte e é uma das atrações turísticas mais icônicas de Veneza. A importância do Grande Canal em Veneza e servir como a principal rota de transporte para barcos, gôndolas, “vaporettos” (ônibus aquáticos), barcos de transporte de cargas, táxis e barcos da Polícia e Bombeiros.

Historicamente, o Grande Canal foi um centro de atividade comercial, onde mercadores vendiam seus produtos. e é atração para turistas que desejam experimentar um passeio de gôndola e ver a cidade a partir da água.

Existem três pontes principais que cruzam o Grande Canal: A Ponte de Rialto, a mais antiga e famosa ponte de Veneza, originalmente construída em madeira no século XII e reconstruída em pedra no final do século XVI, a Ponte da Academia que conecta o bairro de Dorsoduro com San Marco, construída inicialmente em madeira em 1854 e substituída por uma estrutura metálica em 1933 e a Ponte degli Scalzi, localizada próxima à estação de trem Santa Lucia, construída em 1934.

A existência de somente 3 pontes no Grande Canal levou Veneza a construir uma nova ponte. Para projetar a nova ponte chamaram Calatrava, na verdade, Santiago Pevsner Calatrava Valls, um arquiteto e engenheiro espanhol, cujo trabalho tem se tornado bastante popular nos últimos tempos, com várias obras espalhada pelo mundo, inclusive aqui, no Rio de Janeiro. è dele o projeto do Museu do Amanhã, as margens da Baia de Guanabara.

Calatrava projetou a Ponte da Constituição, inaugurada em 2008, ela conecta a Piazzale Roma com a estação ferroviária de Santa Lucia. A ponte é conhecida por seu design moderno e controverso, que contrasta com a arquitetura histórica da cidade. Feita de vidro, aço e concreto, a Ponte da Constituição é um exemplo de arquitetura contemporânea em um cenário histórico.

Apresentou um problema. Era bela, moderna, se ‘casava’ com Veneza, mas o piso de vidro, numa cidade com chuvas frequentes, e no inverno, com temperaturas congelantes, a transformaram na ‘Ponte das Quedas’, apelidado dado pelos moradores.

Diante do clamor popular, as autoridades de Veneza recobriram o piso de vidro, que no projeto permitiriam os passantes ver as águas do Grande Canal, por lajotas de pedras. Assim a ponte hoje não permite que os passantes vejam as águas, mas que eles não escorreguem e levem uma queda.