Nos anos 50, quando começaram a desconfiar que fumar fazia tão bem quanto enfiar a cabeça num escapamento de carro, a indústria do cigarro resolveu “inovar”. E como? Criando o lendário filtro Micronite dos cigarros Kent, que prometia proteger os fumantes.

– O PROBLEMA?

Esse filtro milagroso era feito com crocidolita, também conhecida como amianto azul, um dos materiais mais tóxicos já descobertos. Isso mesmo, os caras tavam metendo um cancerígeno direto na boca dos consumidores e vendendo como “melhoria do sabor”.

– O QUE ACONTECEU?

• Entre 1952 e 1956, fumantes da marca Kent mandaram pra dentro um coquetel de câncer no formato de fumaça filtrada.
• O amianto azul é extremamente perigoso, causando mesotelioma, um câncer letal nos pulmões e na pleura.
• O marketing? Vendiam como um cigarro mais seguro e “bom para os pulmões”. A ironia dessa medida é de chorar.

– MORAL DA HISTÓRIA?

Se hoje parece ridículo ver cigarro sendo promovido como “saudável”, lembre-se que já venderam amianto como “filtro premium”. A indústria do tabaco nunca teve limites, e a verdade é simples: seus pulmões sempre foram um campo de teste pra essa galera.