Na madrugada de 28 de novembro de 1967, a estudante de pós-graduação Jocelyn Bell detectou um sinal de rádio de um radiotelescópio de Cambridge.

Tinha acabado de descobrir os pulsares, uma descoberta que lhe valeria o Prêmio Nobel… ao seu chefe.

Mudou-se para Cambridge para realizar seu doutoramento em Astrofísica, que consistia em construir um radiotelescópio para estudar quasares.

Em agosto de 1967, ele encontrou alguns sinais estranhos, mas acreditava que estava fazendo algo errado, então eu dedicava as noites a verificar seus dados. Descobriu que se tratava de algo novo e veio informar Anthony Hewish, seu diretor de tese, que lhe disse que era uma interferência.

Na madrugada de 28 de novembro de 1967, ela recolheu sinais mais intensos, levando Jocelyn e seu chefe a pensar que eram mensagens extraterrestres, então a fonte de onde eles vieram foi batizada como LGM (Little Green Men). No entanto, foi ela mesma que descartou essa ideia. Essa radiação é o que hoje é conhecido como pulsares.

Em fevereiro de 1968, Jocelyn publicou um artigo na revista Nature, explicando ao mundo o que tinha descoberto, o que valeu para que o seu diretor de tese e o chefe deste recebessem o Nobel de Física em 1974.

Jocelyn não só foi excluída, como nem sequer foi mencionada no comunicado de imprensa. No entanto, tirou-lhe a importância: “Acho que degradaria os Prêmios Nobel se fossem atribuídos a estudantes, exceto em casos muito excepcionais, e não creio que eu seja um deles”.