AS CIDADES QUE ESTÃO AFUNDANDO
Há 2 anos a Indonésia iniciou a construção de uma cidade para ser a nova capital do País, numa área de selva de Calimantã, na Ilha de Bornéu. Essa cidade é necessária pelo fato de que Jacarta, a atual capital, está afundando.
Não é nada a ver com Maceió, onde a busca de lucros, fez com que a Braskem buscasse na profundeza da cidade a matéria prima para a produção de soda cáustica, sem preocupações com o meio ambiente.
Jacarta afunda pelo exaurimento de seus lençóis freáticos, e pelo peso gigantesco de quase 11 milhões de habitantes.
Esse problema se repete na China em velocidade crescente, devido à retirada excessiva de água subterrânea e ao peso de infraestruturas urbanas densamente construídas.
De fato, muitas das grandes cidades da China estão submergindo em taxas alarmantes, com algumas experimentando taxas de afundamentos preocupantes ao ano.
A principal causa do afundamento de muitas cidades chinesas é a extração excessiva de água dos lençóis freáticos. Isso é particularmente prevalente em regiões com grandes populações e indústrias pesadas, onde a demanda por água é alta.
Quando a água é extraída, o espaço que ela ocupava nos sedimentos ou rochas subterrâneas fica vazio, levando ao colapso ou compactação desses materiais, o que resulta no afundamento do solo acima.
Já o peso das cidades modernas, que são densamente povoadas, e cheias de construções pesadas, como arranha-céus, grandes infraestruturas de transporte e complexas indústrias. O peso dessas estruturas pode contribuir para o assentamento do solo, especialmente quando construídas em áreas onde o solo é macio ou foi enfraquecido pela retirada de água subterrânea.
Uma das cidades mais afetadas, Xangai tem áreas que estão afundando a uma taxa de mais de 10 milímetros por ano. A cidade tem lutado com o problema da subsidência desde a década de 1920, exacerbado pela sua localização em um delta de rio com solo macio e pela intensa coleta de água subterrânea para sustentar sua população e indústrias.
Xangai tem uma população de mais de 25 milhões de habitantes, um PIB de US$ 1,3 trilhões, maior do que o México e tem o porto mais movimentado do mundo.