Um estudo conduzido por pesquisadores brasileiros, publicado no Journal of the American Medical Directors Association , faz um alerta sobre medicamentos prescritos para idosos.

O levantamento utilizou dados de prontuários eletrônicos, registros de eventos adversos e o sistema Medi-Span, uma ferramenta que auxilia médicos na concessão, proporcionando possíveis erros, dosagens internas e alertas de risco de efeitos adversos. Essa tecnologia é crucial para identificar quando um medicamento é perigoso para o paciente, ajudando a diminuir a ocorrência de efeitos adversos em populações vulneráveis, como os idosos.

A importância do estudo reside no fato de que o uso inadequado de medicamentos representa um risco significativo para a saúde pública. Com o envelhecimento da população, o cuidado com a prescrição de medicamentos se torna ainda mais relevante, pois erros e efeitos colaterais podem levar a hospitalizações evitáveis, complicações de saúde e aumento da mortalidade entre idosos.

Além disso, o estudo destaca a necessidade de capacitação e conscientização dos profissionais de saúde sobre os riscos associados aos medicamentos potencialmente inapropriados (MPIs) e a importância de opções de tratamento.

Os resultados apontaram que 71,8% dos pacientes apresentaram pelo menos um aviso de uso dos compostos inadequados.

Ou seja, 7 em cada 10 idosos internados podem ter recebido algum destes medicamentos “Pacientes cujas prescrições acionaram esses alertas tendem a ter internações mais prolongadas, incluindo complicações, além de mais eventos adversos, como quedas, confusão mental e até morte”.