Os hunos foram de fato um povo temido e militarmente poderoso sob o comando de Átila, mas após sua morte, em 453 d.C., sua influência na Europa rapidamente entrou em colapso. Existem várias razões para esse desaparecimento súbito:

– Fragmentação Interna e Disputas de Sucessão: Átila era um líder carismático e centralizador, e sua autoridade unia as tribos hunas, que incluíam um amálgama de diversos grupos étnicos das estepes. Quando ele morreu, seus filhos dividiram o poder, mas rapidamente entraram em conflito entre si. Sem a liderança unificada de Átila, as alianças entre as tribos desmoronaram, enfraquecendo os hunos como uma força coesa.

– Rebeliões dos Povos Subjugados: O domínio dos hunos sobre outras tribos e povos, como os gépidas, ostrogodos e alanos, era mantido pela força militar de Átila. Com sua morte, esses povos rapidamente se rebelaram. Em 454 d.C., os gépidas, liderados pelo rei Ardarico, derrotaram os hunos na Batalha de Nedao, marcando o início do fim da hegemonia huna na Europa Central.

– Perda de Recursos e Redução do Exército: Sem um líder forte, os hunos também perderam o controle sobre recursos essenciais para manter seu estilo de vida e exército, como tributos de povos conquistados e acesso a novas terras. O enfraquecimento do exército huna impossibilitou novas invasões em grande escala.

– Retorno às Estepes: Muitos hunos retornaram para suas terras natais nas estepes da Ásia Central. Esse movimento foi tanto uma resposta à perda de poder quanto uma adaptação a uma estrutura nômade mais tradicional, que dependia menos de conquistas territoriais estáveis na Europa.

– Legado e Admiração em Culturas Posteriores

A associação dos magiares com Átila e os hunos surge da identificação cultural e histórica feita durante a Idade Média, especialmente quando os magiares se estabeleceram na Bacia dos Cárpatos no século IX. Para os húngaros, Átila é visto como um herói ancestral que simboliza a força e unidade de um grande líder guerreiro. A estátua de Átila em Budapeste e sua consideração como “herói nacional” refletem essa identificação, em parte mitológica, em parte histórica, como uma forma de celebrar o espírito de independência e bravura associado ao passado húngaro.