A cúpula do Panteão em Roma é, de fato, uma das maiores maravilhas da engenharia da antiguidade. Com seus 43 metros de diâmetro e altura, ela permaneceu a maior cúpula de concreto sem reforço do mundo por mais de 1.700 anos, até a era moderna. O segredo da durabilidade da cúpula do Panteão está no uso inovador que os romanos fizeram do concreto, utilizando uma receita que aperfeiçoaram ao longo do tempo.

Embora os romanos não tenham inventado o concreto, eles foram responsáveis por avanços significativos em sua composição e uso. Um dos ingredientes mais importantes na mistura era a pozolana, um tipo de cinza vulcânica que, quando combinada com cal, criava um material de construção incrivelmente durável e resistente à água. Essa mistura permitia que o concreto se tornasse mais leve e flexível, ideal para grandes estruturas como a cúpula do Panteão.

O arquiteto Vitrúvio, um dos grandes teóricos da arquitetura romana, documentou o uso de cal e pozolana em suas obras, explicando como esses materiais eram misturados com outros agregados, como pedras e tijolos triturados, para formar um concreto forte. Além disso, a cúpula do Panteão é projetada com uma espessura decrescente à medida que sobe em altura, reduzindo o peso da estrutura no topo. Isso foi essencial para manter a integridade estrutural do edifício.

Outro detalhe incrível da cúpula é o óculo, uma abertura circular no topo com cerca de 9 metros de diâmetro, que não só reduz o peso da cúpula, mas também permite a entrada de luz natural, criando uma atmosfera quase mística no interior do Panteão.

A combinação desses elementos e técnicas fez do Panteão um marco da arquitetura e engenharia romana, que ainda hoje impressiona engenheiros e arquitetos do mundo todo.