O conhecimentos das cruzadas feitas na idade média para retormar Jerusalém dos mulçumanos é bem conhecida.

Porém a Italia, no final do século XIX, quando da unifcação, hoouve a derradera cruzada.

Houve uma tentativa desesperada do Papa Pio IX de defender os Estados Pontifícios durante o processo de unificação da Itália, que culminou com a tomada de Roma em 1870. Esse movimento ocorreu no contexto das Guerras de Unificação Italiana, lideradas por figuras como Giuseppe Garibaldi e o primeiro-ministro do Reino de Piemonte-Sardenha, Camillo di Cavour.

– Contexto histórico

Após a consolidação de grande parte do território italiano sob a liderança de Garibaldi e Cavour, restava apenas o controle dos Estados Pontifícios, sob a jurisdição direta do Papa. Pio IX, percebendo a iminente perda de seu poder temporal, reagiu com o que se poderia chamar de uma “cruzada moderna”. Ele nomeou o general francês Christophe de Lamoricière como Ministro das Armas e iniciou uma ampla mobilização, apelando para todos os católicos para defender Roma e o trono de São Pedro.

– Os Zouaves Pontifícios

Em resposta ao chamado do Papa, milhares de jovens voluntários, muitos deles de boas famílias, atenderam ao apelo para defender os Estados Pontifícios. Inspirado pelos famosos Zouaves franceses, um corpo de infantaria leve composto por soldados coloniais de elite, Lamoricière formou uma unidade de combate altamente treinada e disciplinada, composta principalmente por jovens católicos de diferentes nacionalidades. Esses soldados, conhecidos como Zouaves Pontifícios, distinguiam-se tanto pela sua elegância quanto pela sua bravura.

– O fim dos Estados Pontifícios

Apesar de seus esforços e do espírito de defesa, a resistência foi em vão. Em 20 de setembro de 1870, Roma foi capturada pelas forças italianas, encerrando o poder temporal dos papas e completando a unificação italiana. Muitos dos jovens zuavos morreram na defesa da cidade, em um conflito que, no panorama maior, era inevitável. A tentativa de criar uma “nona cruzada” foi, portanto, uma das últimas manifestações de resistência à modernização e à centralização do poder secular na Itália.

No ano seguinte, em 1871, o regimento dos Zouaves Pontifícios foi dissolvido, e Roma se tornou a capital do novo Reino da Itália. O Papa Pio IX, que recusou-se a reconhecer o novo regime, retirou-se para o Vaticano, inaugurando a chamada “Questão Romana”, uma disputa que só seria resolvida em 1929 com os Tratados de Latrão, que estabeleceram o Vaticano como um Estado soberano independente.