O AQUECIMENTO GLOBAL MOSTRA A SUA CARA NA SIBÉRIA

A Cratera de Batagaika, localizada na Sibéria, é um exemplo marcante das consequências do derretimento do permafrost, que tem se acelerado nas últimas décadas devido às mudanças climáticas. Também conhecida como a “Porta para o Submundo”, essa cratera de colapso (ou termocarso) começou a se formar nas décadas de 1960 e 1970, após o desmatamento na região, o que expôs o solo congelado (permafrost) ao aquecimento.

Entre 1991 e 2018, a cratera de Batagaika aumentou drasticamente de tamanho, chegando a triplicar sua extensão. Esse crescimento acelerado está diretamente relacionado ao degelo do permafrost, uma camada de solo permanentemente congelada que, ao derreter, causa o colapso e o afundamento do terreno. Com o aquecimento global, as temperaturas na Sibéria têm subido mais rapidamente do que a média global, exacerbando o derretimento do permafrost e, consequentemente, o aumento da cratera.

Estima-se que a Cratera de Batagaika já tenha atingido mais de 1 quilômetro de comprimento e cerca de 90 metros de profundidade. Além disso, o degelo do permafrost libera gases como metano e dióxido de carbono, o que contribui ainda mais para o aquecimento global, criando um ciclo vicioso de mudanças climáticas e degradação do terreno.

A cratera é um símbolo visível e alarmante dos impactos das mudanças climáticas na Sibéria, onde o degelo do permafrost está modificando drasticamente a paisagem.