A história do Caminho de Santiago remonta ao século IX, quando, segundo a tradição, o bispo Teodomiro de Iria Flavia teria descoberto a tumba do apóstolo Santiago (São Tiago Maior) após uma revelação divina. Esse evento foi crucial para a criação da rota de peregrinação que se tornaria um dos mais importantes caminhos cristãos da Idade Média.

Até meados do século XX, a existência e a identidade do bispo Teodomiro eram alvo de debate entre historiadores. No entanto, em 1955, uma descoberta significativa ajudou a esclarecer essa dúvida: uma lápide foi encontrada sob a catedral de Santiago de Compostela, com o nome de Teodomiro inscrito. Essa descoberta forneceu evidências concretas da existência do bispo, consolidando a tradição que liga a descoberta da tumba de Santiago a ele. A cidade de Santiago de Compostela, onde a catedral se localiza, tornou-se, assim, o destino final da famosa rota de peregrinação.

No ano passado quase meio milhão de pessoas foram caminhando a Santiago de Compostela. Existem várias versões deste caminho, desde a versão que se inicia na cidade espanhola de Sarria, há apenas 100 km de Santiago de Compostela, e pode ser percorrido em 5 dias e a rota mais conhecida é o Caminho Francês, de aproximadamente 748 Km, que pode durar mais de 20 dias.

Pelo caminho encontra-se alojamentos prontos para dar descanso aos caminhantes e eles se reconhecem por portar um cajado e uma viera, um tipo de ostra. O cajado pode ter uma cruz. Para certificar o cumprimento do caminho há também uma ‘credencial de peregrinos’, que pode ser emitida no Brasil pela Associação de Confrades e Amigos do Caminho de Santiago de Compostela, em São Paulo.