PORQUE NAPOLEÃO FOI DERROTADO PELA RÚSSIA

Napoleão Bonaparte era conhecido por sua estratégia de guerra relâmpago, na qual ele se movia rapidamente para enfrentar e derrotar os exércitos inimigos, forçando-os a uma rendição vantajosa para a França. Em vez de ocupar territórios por muito tempo, ele preferiria esmagar os adversários em batalhas decisivas, retirando-se então para a França para se preparar para a próxima investida.

Essa abordagem funcionou bem na maior parte da Europa, mas encontrou um desafio único na Rússia. Os russos, liderados pelo general Mikhail Kutuzov, adotaram uma estratégia inspirada nas táticas fabianas, nomeadas em homenagem a Quintus Fabius Maximus Verrucosus, que derrotou Aníbal na Segunda Guerra Púnica. Essa estratégia envolve evitar confrontos diretos e recuar, destruindo suprimentos e recursos no caminho para enfraquecer o inimigo. Fabius não enfrentava as tropas de Aníbal e seus elefantes, apenas recuava e destruía as plantações e armazéns.

Ao avançar para o interior da Rússia, Napoleão encontrou uma terra devastada, sem alimentos ou suprimentos, o que debilitou seu exército. O inverno russo severo e a falta de recursos foram devastadores para as tropas francesas, incluindo a morte de muitos cavalos, o que dificultou ainda mais a mobilidade do exército. 

Quando Napoleão viu que tinha uma tropa sem suprimentos, de guerra e alimentícios, e resolveu voltar, encontrou no caminho de volta a mesma situação. O Exército voltou à França com um exército em frangalhos e sua reputação como ‘invencível’ também arruinada. Foi o início do fim da era napoleônica na Europa, decretada na Batalha de Waterloo.