A venda do Alasca pelos russos para os Estados Unidos em 1867 é uma das transações territoriais mais famosas da história. A negociação foi fechada pelo valor de 7,2 milhões de dólares, o que, na época, equivalia a cerca de 2 centavos por acre.

– Motivações Russas para a Venda:

1) Dificuldades Financeiras: Após a Guerra da Crimeia e outras despesas militares, o Império Russo enfrentava dificuldades financeiras. A venda do Alasca ofereceu uma oportunidade de obter fundos necessários.

2) Preocupações Geopolíticas: A Rússia temia que, em caso de guerra com o Reino Unido, que tinha uma presença significativa no Canadá, o Alasca seria difícil de defender e poderia facilmente cair nas mãos britânicas. Portanto, vendê-lo para os Estados Unidos era visto como uma medida preventiva.

3) Situação no Alasca:

O Alasca tinha uma população muito pequena, composta em grande parte por povos indígenas e alguns colonos russos, totalizando cerca de 2.500 pessoas. A exploração econômica da região também era limitada, o que reduzia o valor percebido do território para a Rússia.

– Perspectiva dos Estados Unidos:

A compra do Alasca foi inicialmente impopular entre os americanos, que a consideraram um desperdício de dinheiro. A imprensa se referia ao território como “A Insanidade de Seward” e “O Jardim de Ursos Polares de Andrew Johnson”, em referência ao então Secretário de Estado William Seward, que negociou a compra. No entanto, Seward tinha motivações estratégicas, incluindo a ideia de que o Alasca poderia servir como uma base para exercer influência sobre o Canadá britânico, uma manobra de flanco em potencial.

Com o tempo, a visão sobre o Alasca mudou, especialmente após a descoberta de recursos naturais, como ouro e petróleo, que se revelaram extremamente valiosos para os Estados Unidos.