Atualmente, há cerca de 50 mil médicos cubanos atuando em 67 países – a maioria na América Latina e na África, mas também em alguns países europeus, como Portugal e Itália.

O Brasil parou de usar médicos cubanos desde a posse de Bolsonaro, em 2018. A Venezuela, por exemplo, ainda conta com cerca de 25 mil profissionais de saúde cubanos em um acordo que inclui a troca de petróleo por serviços médicos.

Essa exportação de médicos é uma das principais fontes de renda para Cuba, gerando bilhões em receita anualmente​, superando a quantia gerada por exportações tradicionais, como açúcar e charutos.

Quanto à exportação de açúcar, Cuba enfrentou uma queda substancial na produção e exportação de açúcar ao longo dos anos. A indústria açucareira, uma vez pilar da economia cubana, tem lutado com problemas de eficiência e investimento, embora continue a ser uma parte importante do comércio exterior cubano, e a de charutos, a onda anti-tabaco no mundo diminuiu a exportação ​dos mesmos.

O sucesso da exportação de médicos, Cuba forma cerca de 50 mil médicos por ano, com 6 mil estrangeiros, se deve ao fato deles aceitarem trabalhar no interior desses países, mesmo estando na Itália e Portugal.

Para os médicos cubanos o fato de trabalharem no exterior trás vantagens, como receber mais do que se ficar em Cuba, manter as famílias em Cuba via envio de CUC, a moeda cubana conversível em dólares, podendo comprar por fora das “libretas”, cartão que garante ao cidadão a compra de uma cesta básica a usando pesos cubanos. As desvantagens é que os médicos não podem escolher para que país vão, é o governo, e em muitos países, como era no Brasil, no Mais Médicos, parte do salário vai diretamente para o governo.